Avaliação Urodinâmica com os profissionais da SAU-CE
Urodinâmica
Você sabe o que é Urodinâmica? Como o exame é realizado? Quem deve fazê-lo? Na SAU-CE (Serviço de Assistência Urológica Com Especialidades) você obtém todas essas respostas e quaisquer outras que possa ter sobre Urodinâmica com um de nossos especialistas.
O que é urodinâmica?
Urodinâmica é um método que avalia as condições funcionais do trato urinário baixo, muitas vezes comprometido por condições urológicas ou neurológicas disfuncionais. Trata-se de um estudo das várias fases do ato de produzir, transportar, reter e excretar urina, gerando critérios como volume produzido, excretado ou retido, tempo de produção, capacidade volumétrica das vias urinárias, pressão de fluxo no interior das vias urinárias, etc.
Comumente, a bexiga acumula em seu interior a urina, graças ao fechamento da uretra, exercido pelo esfíncter vesical, um músculo de controle voluntário, liberando-a quando queremos. Em conjunto com esse relaxamento esfincteriano, a pressão no interior da bexiga é aumentada por causa do músculo detrusor da bexiga e do aumento da pressão intra-abdominal, fazendo com que a urina seja expelida em jatos. A urodinâmica auxilia a diagnosticar e especificar eventuais distúrbios nesse mecanismo.
Quem deve fazer uma urodinâmica?
A urodinâmica é utilizada acima de tudo para aperfeiçoar o diagnóstico, especialmente em casos de incontinência urinária, mas fornece também fundamentos importantes em casos de retenção e outros distúrbios do ato de urinar.
A urodinâmica é indicada:
- No caso de vários sintomas urinários em conjunto, como urgência urinária, incontinência urinária, nictúria, perda urinária involuntária, etc
- Resultados não satisfatórios nos tratamentos (clínico ou cirúrgico) para incontinência urinária
- Incontinências urinárias recidivantes
- Pacientes com histórico prévio de cirurgias da pelve
- Pacientes submetidos à radioterapia na região pélvica
O que é o exame de urodinâmica?
Este exame engloba vários exames diferentes como a urofluxometria, a cistometria, o estudo miccional ou relação fluxo/pressão, o perfil uretral e a eletromiografia, e tem uma duração total de 30 a 40 minutos. Em alguns casos é necessário que se cumpra todas as fases.
Como se preparar para o exame?
É indispensável qualquer preparo especial ou suspenção de eventuais medicações. Não sendo portador de incontinência urinária, o paciente deverá comparecer com a bexiga cheia. No caso de incontinência, o paciente poderá encaminhar-se ao enchimento vesical artificial na clínica, ao que deve chegar com antecedência ao horário agendado para o exame. O esvaziamento da ampola retal deve ser previamente feito, pois facilita na execução do exame.
Nos casos de pacientes com suspeita de infecção urinária, diabéticos, debilitados, imunodeprimidos ou com outras predisposições a infecções deve ser ministrada a antibioticoterapia preventiva.
Deve haver uma avaliação do paciente quanto a fatores que podem afetar a função miccional, como diabetes, mellitus, hipertensão arterial, neuropatias, histórico de acidente vascular cerebral, traumatismo raquimedular, traumatismo crânioencefálico, passado de tuberculose, uso de medicamentos, cirurgias anteriores, atividade sexual, paridade, abortos, mestruação, climatério, menopausa, neuroses e psicoses. Deve ser avaliado também quanto a doenças como hemofilia, insuficiência hepática, e a utilização de antiagregantes plaquetários ou anticoagulantes, com a finalidade de evitar risco de sangramentos anormais.
Normalmente, a duração do exame em crianças abaixo de 10 anos de idade é mais longa do que em adultos.
Pós-exame
É raro o exame envolver risco, todavia, deve ser dedicada uma atenção especial aos portadores de lesão medular acima da sexta vértebra torácica (T6), que podem apresentar, essencialmente durante a fase de enchimento da bexiga, uma disreflexia autonômica potencialmente grave, com ascensão da pressão arterial, sudorese excessiva e bradicardia.
Imediatamente após o exame pode ocorrer disúria e aumento da frequência urinária, que normalmente regride no período de 12 a 48 horas após o exame.
Há poucos casos onde pacientes podem apresentar sangramento uretral.
O acontecimento de bacteremia (febre, calafrios, astenia, inapetência, náusea, vômitos e cafaleia) é ainda mais raro e acomete particularmente pacientes idosos, debilitados, imunodeprimidos ou com infecção urinária prévia.